Bailando no ar, gemia inquieto vaga-lume:
- Quem me dera que fosse aquela loura estrela,
que arde no eterno azul, como uma eterna vela !
Mas a estrela, fitando a lua, com ciúme:
- Pudesse eu copiar o transparente lume,
que, da grega coluna á gótica janela,
contemplou, suspirosa, a fronte amada e bela !
Mas a lua, fitando o sol, com azedume:
- Misera ! tivesse eu aquela enorme, aquela
claridade imortal, que toda a luz resume !
Mas o sol, inclinando a rutila capela:
- Pesa-me esta brilhante aureola de nume...
Enfara-me esta azul e desmedida umbela...
Porque não nasci eu um simples vaga-lume?
.:Machado de Assis:.
- Quem me dera que fosse aquela loura estrela,
que arde no eterno azul, como uma eterna vela !
Mas a estrela, fitando a lua, com ciúme:
- Pudesse eu copiar o transparente lume,
que, da grega coluna á gótica janela,
contemplou, suspirosa, a fronte amada e bela !
Mas a lua, fitando o sol, com azedume:
- Misera ! tivesse eu aquela enorme, aquela
claridade imortal, que toda a luz resume !
Mas o sol, inclinando a rutila capela:
- Pesa-me esta brilhante aureola de nume...
Enfara-me esta azul e desmedida umbela...
Porque não nasci eu um simples vaga-lume?
.:Machado de Assis:.
4 comentários:
Isso é uma das coisa que mais temos no dia-a-dia, relmente uma verdade dita por um grande poeta !
To adorando seu blog...comecei agora nessa história de blogar também...To te seguindo... me segue???http://poesiamemoriasesequelasmentais.blogspot.com/
Valeu David!
Ah esqueci de falar te vi na comunidade no Orkut...Abraços
Meu Blog
http://poesiamemoriasesequelasmentais.blogspot.com/
Vlw, volte sempre que poder, tbm estarei sempre visitando seu blog, que de fato está muito bonito ^^
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